O estilo renascentista na pintura representa uma das fases mais marcantes da história da arte. Surgido em Itália entre os séculos XIV e XVI, o Renascimento foi um movimento de redescoberta da cultura clássica, da valorização do ser humano e do mundo natural. Na pintura, este período trouxe uma rutura com a rigidez e simbolismo da Idade Média, introduzindo um novo olhar mais realista, científico e harmonioso. Uma das grandes inovações foi o uso da perspetiva linear, que permitiu aos artistas representar a profundidade e dar às suas obras uma sensação de espaço e tridimensionalidade. Ao mesmo tempo, o estudo anatómico do corpo humano tornou-se central, levando a uma representação mais fiel e expressiva das figuras. A luz e a sombra passaram a ser usadas de forma mais subtil e natural, através de técnicas como o sfumato, que criava transições suaves e realismo impressionante. Os temas continuaram muitas vezes a ser religiosos, mas agora mostravam figuras mais humanas, com emoções e gestos reais. Também se abriram espaço para temas mitológicos, retratos e cenas do quotidiano, sempre com grande atenção à beleza, equilíbrio e detalhe. Nomes como Leonardo da Vinci, Michelangelo, Rafael e Botticelli marcaram profundamente este estilo. Obras como A Última Ceia, A Criação de Adão, A Escola de Atenas ou O Nascimento de Vénus continuam a ser referências incontornáveis da arte ocidental.

