O Minimalismo é um movimento artístico que surgiu nos Estados Unidos na década de 1960, em reação ao Expressionismo Abstrato, que dominava a cena com obras carregadas de emoção e gestos espontâneos. Os artistas minimalistas buscaram eliminar o excesso e reduzir a arte ao essencial, concentrando-se em formas simples, cores puras e materiais industriais. A frase do arquiteto Ludwig Mies van der Rohe, “less is more” (menos é mais), tornou-se o lema desse estilo que valoriza a simplicidade e a objetividade. O movimento surgiu em um contexto de transformação cultural e social, quando a arte americana começava a se afirmar no cenário mundial. Os minimalistas rejeitavam a ideia de que a arte deveria expressar emoções ou representar algo externo; para eles, a obra devia existir por si só, como um objeto autônomo. Essa postura racional e impessoal levou à criação de peças que destacavam a forma, o espaço e os materiais utilizados. Entre as principais características do Minimalismo estão o uso de formas geométricas puras, como cubos, linhas e retângulos; a repetição de elementos idênticos; o emprego de materiais industriais como aço, vidro e alumínio; e a ausência de ornamentação ou narrativa. A atenção do espectador é direcionada para o próprio objeto e para sua relação com o espaço em que está inserido. Os artistas mais importantes do movimento incluem Donald Judd, que explorou a estrutura modular e os materiais industriais; Carl Andre, conhecido por suas esculturas compostas por blocos dispostos no chão; Dan Flavin, que criou instalações com luzes fluorescentes; Agnes Martin, cujas pinturas delicadas expressam serenidade e equilíbrio; e Frank Stella, que afirmava: “What you see is what you see” (o que você vê é o que você vê), resumindo perfeitamente o espírito minimalista. Com o tempo, o Minimalismo ultrapassou as fronteiras das artes visuais e influenciou áreas como a arquitetura, o design, a música e até o estilo de vida. Na arquitetura, destacou-se pelo uso de linhas retas, espaços amplos e ausência de ornamentos, com nomes como Tadao Ando e John Pawson. No design e na moda, o foco recai sobre a funcionalidade e a pureza estética. Na música, compositores como Steve Reich e Philip Glass criaram obras baseadas em repetição e pequenas variações. Além disso, o minimalismo tornou-se uma filosofia de vida contemporânea, defendendo o consumo consciente e a busca pela simplicidade. O legado do Minimalismo é profundo e duradouro. Ao eliminar o supérfluo, ele convida à contemplação da forma, da luz e do espaço, transformando a maneira como percebemos a arte e o mundo ao nosso redor. Mais do que um movimento estético, o Minimalismo é uma atitude — um olhar que valoriza o essencial e encontra beleza naquilo que é simples, claro e silencioso.

